Um infalível poder de sedução... O signo de Escorpião é a combinação dos seguintes fatores: regência de Plutão em Marte, exílio de Vênus, queda da Lua e segundo alguns astrólogos, exaltação de Urano.
Escorpião é dos signos que têm um regente antigo ou tradicional (no caso, Marte) e outro moderno (no caso, Plutão). Até 1930, data da descoberta de Plutão, o signo era considerado o domicílio noturno de Marte.
O exame dos acontecimentos mundiais e das tendências mais acentuadas do período concomitante ou próximo à descoberta do novo planeta credenciaram-no como regente de Escorpião, por serem semelhantes à natureza do signo.
O ano de 1930 está no intervalo entre duas guerras mundiais - não que a guerra fosse uma novidade da existência do homem, aqui, porém, chegou a lidar com uma força de destruição jamais antes suspeitada.
Ao mesmo tempo em que dominava o poder de aniquilar, a humanidade começou a dominar cada vez mais a ciência e as técnicas de reconstrução, da reabilitação, possibilitando o prolongamento do período de vida do ser humano, através de cirurgias e implantes de órgãos e do extraordinário desenvolvimento da genética.
Houve também uma grande difusão do controle de natalidade e de novas técnicas anticoncepcionais.
Todos esses acontecimentos tem um substrato comum – o tema vida/morte, destruição/recriação, fortemente associado ao signo de Escorpião.
Marte, planeta de auto-afirmação, conserva suas prerrogativas de regente neste signo de emoções intensas, determinado e firme.
Urano se exalta em Escorpião; como Plutão, caracteriza-se pelo radicalismo, pela queda de tabus, pelo avanço até as últimas consequências, nem sempre escolhendo os caminhos mais suaves.
Já a Lua e Vênus, astros das ligações entre as pessoas, de convívio, de busca do outro, encontram em Escorpião um terreno acidentado.
Aqui, o ciúme é capaz de asfixiar a confiança, fundamental para a relação bem sucedida; a reserva e o ressentimento podem inibir o contato. Hábeis na conciliação e na adaptação, a Lua e Vênus estão longe de casa neste signo do tudo ou nada.
Aqui está um dos mais notáveis casos de predominância do personagem feminino na formação da personalidade. A figura materna é de tal força e intensidade que acaba dominando a maioria das experiências existenciais de quem nasce nesse signo.
Pode se conjeturar que, durante os primeiros anos de vida dessa pessoa, incluindo-se a fase anterior ao nascimento, a mãe tenha vivido algum tipo de perda, seja de uma pessoa querida, seja de um sonho ou fantasia.
Esse tipo de experiência tende a ser projetada na criança sob a forma de censura, de proibição de que ela também seja um motivo de perda.
Em outras palavras, a pessoa de Escorpião é proibida desde a infância de viver experiências transformadoras, mudar, para ela, é algo perigoso, que ela jamais ousa.
Esta prevalência do modelo materno muitas vezes isola quem é desse signo de um contato mais pleno e real com o próprio lado masculino, trazendo as consequências obvias de ausência de um modelo de ação e conquista.
Este é um tipo bastante forte para controlar o fogo de uma paixão, e mesmo que pressinta o perigo de se envolver numa relação apaixonante e forte, nem sempre conseguirá desviar seu coração de uma atração fatal. Morrer e renascer são seus fundamentos básicos, ou seja, a regeneração e o sacrifício.
Os pensamentos profundos e a sexualidade também se impõem. Em casos extremos, os escorpianos podem ser cruéis e violentos. É o signo da transformação e é também um signo cármico com vidas passadas, com as raízes, com a família e com o sexo.
O nativo de Escorpião é profundo e misterioso, reservado e não gosta de se expor. Sabe apreciar as coisas boas da vida e possui uma sensibilidade aguçada.
Dá muita importância a contatos com os outros, só que o motivo é sua eterna busca pela essência das coisas. Intenso e apaixonado se joga de cabeça em tudo. Não é à toa que todos se sentem atraídos por ele.
Tem personalidade forte e é intransigente com quem se opõe à sua vontade. Também deve controlar a teimosia.
Dinamismo: Grande disponibilidade para atuar em todos os setores de existência que exigem uma emotividade (água) resistente e imobilizada (fixo), isto é, que exige sangue frio, risco calculado e autocontrole, porém mais levando a consciência da própria força e poder interiores (frio) do que o mundo oferece (feminino), que por sua vez, é frequentemente visto com uma certa indiferença, por vezes espontânea, por vezes assumida.
Integração agressiva e passional na existência (Marte), onde a grande força de trabalho sempre disponível se revela não só pela combatividade sistemática (fixo e Marte), mas também pela inteligência sistemática (Urano) que leva à analise sutil, à estratégia e ao julgamento imparcial (Plutão).
Há uma disposição de existir como um todo, para ir direto aos objetivos com determinação e firmeza ou instintiva auto-suficiência, que faz com que o sujeito sempre esteja transpassando obstáculos e se recriando (Plutão) como consequências.
O gosto do paradoxal e do grotesco, bem como desprezo pelo preconceito (Urano) não raro, está na base de inadaptações nos estilos conformistas e esperançosos de comportamento (exílio de Vênus) e de aceitação da existência baseada na manutenção de algum automatismo (Lua).
Disto resulta frequentemente uma instintiva (água, fixo) disposição ao idealismo masoquista ou ao realismo sádico ou a uma coexistência de ambas que está na base de muitas tendências degeneradoras.
Os conflitos são estruturados num nível de posse e poder (cruz fixa), enquanto que as soluções podem ser estruturadas num nível de investigação de condicionamentos piscianos (ou ocultos, ou insidiosos) trígono de água.
Existem três tipos de Escorpião:
Tradicionalmente associado ao poder, escorpião é o signo mais misterioso do zodíaco. Simbolizando o lado profundo e regenerador da vida, este signo tem relação com o sexo: a ação de penetração e fusão é uma característica marcante de escorpião.
É também através do ato sexual que uma nova vida é gerada, e o ato de nascer e renascer fazem parte do eterno ciclo de vida – morte – renascimento, que também está associado ao signo de escorpião.
Entre os seus símbolos, temos a figura do próprio escorpião – apontando a sua natureza inferior, cruel, implacável e traiçoeira – e a fênix, a ave renascida das cinzas que alcança grandes alturas – simbolizando sua natureza superior, transcendente, regeneradora, espiritual.
Escorpião encerra uma imensa possibilidade oculta. É o tesouro enterrado das histórias de piratas, mas para se atingir as profundezas interiores e encontrar este ouro é necessária uma espécie de morte, uma explosão, um cataclisma.
E é preciso que seja assim: a pressão interior é muito maior que a exterior, e acessá-la acarreta uma liberação emocional com intensos poderes.
Podemos associar escorpião à metamorfose da lagarta em borboleta, ao petróleo e às demais riquezas encontradas no interior da terra, e também ao vulcão que libera a lava que fervilha nas profundezas ctônicas.
Em todos estes processos existe uma liberação de energia através da ruptura da casca, o que pode revelar um tesouro ou apenas a lava emocional.
Governando áreas tão complexas e profundas, escorpião não poderia lidar com a vida de uma forma leve e descomprometida.
Quando se identifica com um relacionamento ou com uma causa, ele irá se envolver até a alma; ele irá se “fundir” à situação. É por sentir a vida neste nível de profundidade que os escorpianos costumam ser reservados e discretos com relação as suas motivações.
Caso não estejam emocionalmente envolvidos com a causa, podem evitar a confrontação mais direta, mas caso sejam atacados em pontos a que se liguem emocionalmente, entrarão em guerra para afirmar sua motivações.
E aqui reside uma questão interessante deste signo: quando em conflito, escorpião nunca entra numa batalha, mas sim numa guerra. E neste processo eles atacarão sem piedade e não esperaram nenhuma.
A intensidade deste signo é responsável pela sua característica de transformação. Escorpião está associado a metamorfose, bem como às cirurgias e é claro que o ato de transformar-se demanda uma completa “cirurgia emocional ou mental”. Regido por Plutão, este signo rege as sementes e o próprio sêmen.
Também rege a energia atômica e as explosões nucleares. É o poder da vida e da morte concentrados num simples ponto, num grão, num átomo.
Assim é escorpião. regendo o ponto mais recôndito da existência, o Tártaro de Plutão, podemos ver que este ponto é muito pequeno, um quase nada. E nele se encerra o segredo da vida e da morte, que cria e recicla todo o Universo, a imensidão, o Cosmos.
Com tanto poder concentrado, é nesta região do zodíaco que devemos buscar nossa chance de transcendência. Mas este é sempre um jogo complexo, arriscado, de vida – morte, onde a velha pele será sacrificada. mas das cinzas emergirá a fênix refulgente, alçando o seu voo a alturas até então inimagináveis.
Camilinhah Milinhah